Principais problemas de relacionamento com funcionários de condomínio

Principais problemas de relacionamento com funcionários de condomínio
20.03.19 
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postado por MARKETING KIPER
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TECNOLOGIA
Opiniões divergentes, atitudes equivocadas, desrespeito mútuo. Quando duas (ou mais) pessoas se deparam com alguma dessas situações, há grande probabilidade de surgirem problemas e discussões. Em um prédio residencial não é diferente. Na rotina diária, pequenos conflitos entre moradores, síndico e outros funcionários de condomínio são comuns. A princípio, logo são resolvidos com diálogo, mas, se por acaso, não forem bem administrados, podem se tornar uma grande dor de cabeça.
São vários os cenários, desde uma reclamação por barulho, lixo depositado em local proibido, problemas com a limpeza entre tantos outros. Fato é que o relacionamento entre moradores, síndico e funcionários de condomínio precisa ter regras e ser pautado pela ética, respeito e profissionalismo. Mais ainda, deve seguir a legislação, para não virar uma questão judicial, com consequências cíveis, criminais e/ou trabalhistas — dependendo qual a origem e dimensão da complicação e os envolvidos.
Neste artigo, vamos apresentar alguns dos principais problemas de relacionamento vividos em condomínios e qual o papel do síndico na administração desses conflitos.

Relacionamento Morador versus Funcionários de Condomínio

Faxineiro, zelador, jardineiro, porteiro/vigia. Podemos dizer que estes são alguns dos principais funcionários de condomínios. Eles estão presentes na rotina do residencial, realizando diferentes atividades e, por isso, convivem quase que diariamente com os moradores.
O primeiro ponto a ser considerado é que os colaboradores devem estar cientes do seu trabalho, de como executá-lo, e também a quem recorrer caso precisem de ajuda, como um supervisor, gerente e mesmo o síndico.
No entanto, mesmo assim, podem ocorrer divergências junto aos moradores. Um exemplo, seria um morador não gostar da forma como é feita a limpeza interna e realizar uma reclamação direta junto ao colaborador. Outro, seria não avisar a portaria sobre a chegada de visitantes, que poderiam ter sua entrada bloqueada.
recebimento de encomendas também pode ser um fator de desentendimentos, pois em muitos condomínios não há espaço para armazenar mercadorias até que o morador a retire junto ao zelador ou porteiro. E ainda, podemos falar sobre o estacionamento de veículos em locais não permitidos, como perto dos acessos das garagens ou fora das vagas de visitantes.
Pela proximidade e convivência quase que diária, é claro que sugestões, reclamações e outras solicitações — inclusive para pequenos reparos e serviços particulares — acabam sendo feitas diretamente pelos moradores aos funcionários de condomínio. Porém, o ideal é que sejam direcionadas ao síndicos que deverá tomar as medidas cabíveis. Da mesma forma, os colaboradores devem incentivar essa boa prática e evitar discussões diretas com os moradores, além de não aceitar serviços ‘extras’.
Sempre é preciso lembrar que o condomínio é um ambiente de trabalho e por isso seus funcionários devem manter uma postura profissional. Da mesma forma, o moradores não podem tratar mal ou cobrar insistentemente o funcionário, achando que é seu ‘patrão’.
relação entre ambas as partes deve sim ser muito profissional, cordial e respeitosa, buscando a resolução de questões, para que não se corra o risco de chegar a agressões ou algum tipo de assédio moral.

Relacionamento Gestão versus Funcionários de Condomínio

Neste caso, estamos falando diretamente sobre questões trabalhistas. É dever da gestão oferecer e zelar pelas boas condições de trabalho dos funcionários do condomínio.
Todas as regras geralmente são estabelecidas pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), firmada entre sindicatos de empregados e empregadores, e garante aos funcionários de condomínios residenciais e comerciais direitos sobre a jornada máxima de trabalho, pausas para repouso e alimentação, intervalo para almoço, disponibilidade de espaço para troca de roupa e descanso, e oferta de água potável. O descumprimento dos acordos gera multas e outras penalidades ao condomínio.
Além disso, há outras normas regulamentadoras relativas à Medicina e Segurança do Trabalhador a serem cumpridas, que são determinadas pelo Ministério do Trabalho: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).
Se cumprir com estas determinações e prezar por um bom relacionamento com os funcionários, certamente uma série de transtornos já serão evitados, como por exemplo: falta de motivação, ausências, afastamentos, rotatividade no quadro de funcionários, etc. Assim, as chances de acidentes de trabalho e de litígios trabalhistas são reduzidas. E isso vale também para condomínios que trabalham com empresas terceirizadas, como as de limpeza/zeladoria e portaria remota. Neste caso, a atenção deve ser voltada à empresa contratada, buscando saber sobre sua idoneidade e experiência de mercado.

O papel do síndico na administração dos conflitos

Por tudo isso que falamos até agora, pode-se perceber a importância do papel do síndico nesse relacionamento. É ele quem irá ditar as regras e quem deve fiscalizar para assegurar que as mesmas sejam cumpridas, tanto por funcionários quanto pelos próprios moradores.
O síndico deve atuar como um verdadeiro gestor, prezando pelo cumprimento de todas as legislações trabalhistas ao mesmo tempo em que precisa estimular uma convivência respeitosa entre moradores e empregados.
Assim, cabe ao síndico:
– Passar ordens aos funcionários ou contatar a empresa terceirizada, a não ser em situações de emergência;
– Agir preventivamente, divulgando amplamente aos moradores o que é e o que não é permitido nas áreas comuns do prédio;
– Intermediar conflitos, ouvir as reclamações, avaliar e estabelecer um diálogo amigável, procurar apaziguar a situação, mas alertando sobre a possibilidade de aplicar uma punição se a situação persistir;
– Deixar claro qual é a função exata de cada funcionário — tanto para os profissionais quanto para os moradores;
– Explicar para moradores e funcionários a importância de uma convivência cordial e harmoniosa.
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